segunda-feira, 4 de abril de 2011

P553- O NOSSO ALMOÇO CONVÍVIO NA PARQUE ZOOLÓGICO DA MAIA

O dia nasceu enevoado e com ar ameaçador de chuva mas por volta do meio dia e meia hora era já um número considerável de amigos associados e familiares que se concentravam junto ao Restaurante do Bar do Parque Zoológico da Maia, ali bem pertinho das instalações privadas do Sr. Hipopótamo.

Os Zés, Teixeira e Rodrigues, o Carlos o Vitorino o Jorge Cruz etc...vaidosos nas suas novas T shirts da Tabanca, andavam numa fona atarefados a colocar os camarões em pratos nas mesas, a distribuir o pão e as garrafas de vinho e iam  intercalando tudo isto com as saudações dos que entretanto iam chegando e queriam logo saber onde se deviam sentar. 
A balbúrdia estava instalada mas logo se foram todos acomodando e as mesas ficaram todas cheias. Mais de 100 pessoas ao todo foram ordeiramente ocupando os lugares vazios entre a habitual algazarra dos que chamavam pelos companheiros ou familiares para se sentarem junto deles.
Entretanto o "conjunto" já havia instalada a complicada panóplia de electrónica e tinha começada a musica suave que nos iria acompanhar durante o repasto e depois dele
Aqueles camarões vermelhos a contrastarem nos pratos branco eram uma tentação e de imediato se passou ao ataque. E que ataque...Felizmente havia marisco com fartura como se tinha prometido e toda a gente ficou satisfeita.

Recolhidos os pratos das cascas dos camarões e como por milagre começaram a surgir nas mesas um tachinhos prateados fumegantes, uns com arroz branco outros com tripas à moda do Porto, daquelas que são mais carne que feijão...e que pitéu, asseguro-vos eu que sou conhecedor do manjar. 
O ambiente não podia estar melhor, a música, o estômago a ser recheado de coisas boas e a companhia uns dos outros, as conversas sucediam-se as mais variadas mas sempre com um sorriso de boa disposição nos lábios. E não pensem que era só da guerra que se falava já que a família estava lá e está farta de nos ouvir a contar as mesmas histórias...
Sem dar por ela o tempo foi passando e chegou a hora das sobremesas.
Bom a generosidade e a imaginação das nossas companheiras que se aprimoraram na doçaria foi indescritível.
A variedade e a qualidade eram tal que não dá aqui para descrever ao pormenor.
Só sei que eu cá, comi brigadeiro de chocolate, mousse de ananás, mais uns bolos caseiros de maçã, coco e amêndoa e uns morangos dulcíssimos que foi até lhe chegar com o dedo. Durante todo este tempo o conjunto foi acompanhando o almoço mas com o términos dele aumentou um bocadinho o volume e os ritmos começaram a aquecer. Lá foram arrastadas algumas mesas para dar espaço e os mais afoitos lançaram-se em pés de dança primorosos e a compasso. E que consolo era vê-los,  eles e elas a darem à perna como se quisessem fazer a digestão das tripas e das sobremesas ali mesmo.

Nunca tínhamos tido uma festa tão animada e tão bem tivesse corrido.
O tempo passava e hora de se tratar de coisas sérias chegou. Era tempo de se fazer a Assembleia Geral


Ordinária para aprovação das contas da Tabanca dos anexos, do Relatório de Actividades e do Parecer do Conselho Fiscal. O Presidente da mesa expôs com clareza o que se pretendia, o o presidente do Conselho de Administração falou do que havia sido feito e enalteceu o trabalho de alguns dos Directores cujo esforço e altruísmo tem dado os seu relevantes frutos.
Submetida à votação foram todos os documentos aprovados por unanimidade.
Estava assim encerrada a AG e de imediato se passou à segunda fase programada da música com a entrada em cena dos Fados.


Tínhamos connosco a nossa (acho que posso classifica-la assim) fadista quase privativa que acompanhada à guitarra e à viola por uma par de profissionais de elevada categoria, com a sua bela voz rouca a todos deliciou. Foi um problema pois os "encores" sucederaram-se e pareciam nunca mais saciarem a vontade de a continua a ouvir. Claro que me refiro à Francisca Silva filha do nosso amigo e grande camarada Emílio Silva.
Seguiu-se o nosso camarada poeta e fadista que vive habitualmente em Paris António Ferraz de Barros que a todos deliciou com os fados da sua autoria onde os sentimentos como a saudade da terra e da família são o corolário sempre presente de alguem expatriado durante tantos anos.
E de música em musica lá se foi dando largas à boa disposição e já passava das seis e meia quando se deu por encerrada a sessão.


São sempre assim os convívios da Tabanca Pequena...muita alegria muita confraternização e sobretudo muita solidariedade

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