segunda-feira, 18 de maio de 2009

P176-Congresso dos Combatentes

Já manifestei a minha discordância sobre a "mistura", que não me parece ser a melhor forma de tratar os problemas dos ex-combatentes na guerra colonial. De qualquer modo, transmito a  informação da AOFA (Associação de Oficiais das Forças Armadas) sobre este Congresso. Para quem quizer saber, ou participar. É democrático.
A. Marques Lopes

CONGRESSO DOS COMBATENTES

10 E 11 DE JUNHO DE 2009 

Apresentação de comunicações até 19 de Maio

Inscrições até 30 de Maio

Do antecedente, uma Comissão Executiva, presidida, em rotação pelos três Ramos, por um Oficial General, vem organizando, anualmente, junto do respectivo Monumento, em Belém/Lisboa, o “Encontro de Combatentes”, em que se honra a memória dos nossos Mortos e se procura projectar, para o futuro, os Valores que os levaram ao supremo sacrifício de darem as suas vidas ao serviço das Forças Armadas. 

Entretanto, ao longo do tempo, a troca de impressões ocorrida nesses Encontros anuais, nas confraternizações promovidas ao longo do País pelos ex-combatentes, nas reuniões, formais (como estas do Encontro) ou informais, entre associações de antigos e actuais combatentes e no próprio debate interno de cada uma destas organizações, tornaram cada vez mais evidente a necessidade de se levar a cabo uma iniciativa que trouxesse para a opinião pública os problemas e preocupações comuns a um tão vasto universo, face à sensação do abandono a que têm sido votados por parte de sucessivos Governos, pese embora uma ou outra medida que vai sendo tomada. 

Para a AOFA, o interesse desse projecto, posteriormente designado como “Congresso dos Combatentes”, foi evidente desde o princípio, pois, a concretizar-se, permitiria, para além disso, tornar mais compreensível junto da sociedade civil os objectivos específicos que persegue, uma vez que passaria a contar com o melhor conhecimento que deles começariam a ter cerca de um milhão de veteranos e respectivas famílias. 

A AOFA ajudou de forma decidida a corporizar a ideia central que, desde sempre, vem presidindo aos trabalhos: não haverá juízos de valor sobre as guerras (passadas, presentes e futuras), mas apenas a afirmação pública do que foi escolhido como lema do Congresso “Pelo Reconhecimento e Dignificação dos que serviram e servem nas Forças Armadas”, apoiada nas conclusões a que for possível chegar. 

Entretanto, de forma persistente, foram-se dando passos no sentido de trazer para a iniciativa o maior número possível de organizações representativas dos combatentes. 

Neste momento, estão concordantes com o Congresso, participando nas reuniões preparatórias: Liga dos Combatentes, AOFA, ASMIR, ANS, APA, ADFA, Associação de Comandos, Associação de Fuzileiros, Associação de Operações Especiais, Associação de Grupos Especiais e de Grupos Especiais Pára-quedistas, Associação Nacional dos Prisioneiros de Guerra, Associação da Força Aérea Portuguesa, Associação 25 de Abril, Federação Portuguesa de Associações de Combatentes (agregando: Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar, Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra, Associação Social e Cultural de Ex-Combatentes de Vila do Conde, Associação Portuguesa de Ex-Combatentes Militares, Associação de Ex-Combatentes Beirões, APOIAR). 

Encontram-se bem encaminhadas as conversações com dirigentes das organizações representantes dos Pára-quedistas, através da União Portuguesa de Pára-quedistas.

Foi criada uma Comissão Executiva, votada a partir da proposta do Presidente da Federação Portuguesa de Associações de Combatentes e, pela ordem em que as enunciou, composta por: AOFA, ANS, APA, Liga dos Combatentes, Associação de Comandos, Associação 25 de Abril, Federação Portuguesa de Associações de Combatentes. 

Essa Comissão já chegou às seguintes decisões sobre o Congresso: 

Dia 10 de Junho, 18H30 – Forte do Bom Sucesso, Belém, Lisboa – Abertura Solene (com discurso proferido pelo Presidente do Congresso) e Porto de Honra (Preço de 2,5 euros por pessoa) 

Dia 11 de Junho, a partir das 09H00 – Fórum Lisboa (antigo cinema Roma, instalações da Assembleia Municipal da Câmara Municipal de Lisboa), Av. de Roma, Lisboa:

09H00 – Recepção

09H30 – Abertura

10H00 – Tema “Cidadania e Defesa” (os nossos direitos e deveres, mas, também, o papel que desempenhámos – por exemplo, língua unificadora, em África -ou desempenhamos – normalização democrática, ainda como exemplo)

12H00 – Intervalo para almoço (da responsabilidade de cada participante)

13H30 – Tema “Saúde” (para nós: Hospitais e Assistência na Doença aos Militares)

15H30 – Tema “Apoio Social” (para nós: interesse especial na Acção Social Complementar)

17H30 – Conclusões

18H00 – Encerramento 

Extractos do Regulamento do Congresso:

-Poderão apresentar comunicações as associações participantes e, através destas, quem sirva ou tenha servido nas Forças Armadas;

-As comunicações deverão dar entrada nas associações até 18 de Maio próximo, que as reencaminharão de imediato, para o Secretariado do Congresso;

-Cada comunicação deve ser enviada em suporte digital, preferencialmente por “mail”, e não deverá exceder as 6 páginas de A4 (se não houver possibilidades disso, em alternativa, serão aceites em papel);

-As comunicações deverão ser separadas pelos temas do Congresso: “Cidadania e Defesa”, Saúde e Apoio Social;

-A Comissão Executiva escolheu um Relator por cada tema, que, depois de concluída a remessa para o Secretariado do Congresso, fará uma síntese das comunicações apresentadas, que não deve exceder as 10 páginas de A4 e encerrará com uma conclusão;

-Já no Congresso, os Relatores farão uma exposição oral da sua síntese, que não deve exceder os 15 minutos;

-A seguir aos Relatores poderão intervir, mediante inscrição na altura, os autores das comunicações e demais participantes no Congresso, que não poderão exceder os 5 minutos;

-Imediatamente antes do Encerramento e tendo por base os textos dos Relatores e das intervenções, o Presidente da mesa do último tema lerá ou mandará ler uma “Súmula Conclusiva”;

-Os participantes no Congresso deverão inscrever-se nas respectivas associações até 30 de Maio (sendo particularmente relevante a informação sobre a sua presença no Porto de Honra).   

 

2 comentários:

  1. Tens razão ML. Parece que cada um quer o seu tacho, e com tantas associações todas desencontradas, a maior parte não tem interesse nenhum.
    Mas fizeste o que achaste bem e publicaste.

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  2. DE facto o que este Congresso mostra é que as associações estão a criar plataformas de entendimento: 1º Criou-se a Federação Portuguesa das Associações de Combatentes (FPAC) representativa dos Combatentes Milicianos - aliás os Combatentes foram quase todos milicianos 2º Por iniciativa da FPAC organizou-se este Congresso que conseguiu juntar praticamente todas as associações. Podemos dizer que quanto mais associações houver melhor. Aliás cada companhia que organiza um encontro por ano pode-se dizer que é uma associação apesar de não estar registada.
    Um abraço para todos
    Armindo Roque
    Presidente da Direcção da APOIAR

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